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segunda-feira, 31 de outubro de 2011

95 TESES PARA OS DIAS DE HOJE.



Por: Diogo Henrique de Sá
Com um desejo ardente de trazer a verdade à luz, as 95 teses foram defendidas em Wittenberg sob a presidência do Rev. Frei Martinho Lutero, Mestre de Artes, Mestre de Sagrada Teologia e Professor oficial da mesma.
E é com o mesmo desejo ardente de trazer a verdade à luz, que as seguintes teses serão defendidas por mim.
Em nome de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Amém!

1. Ao dizer: Eu te darei as chaves do Reino dos Céus. [Mt 16:18-19:], o nosso Senhor e Mestre Jesus Cristo nunca quis que toda a vida do fiel fosse controlada pelos pastores, bispos e paipóstolos.
2. Outrossim, fica claro que os pastores, bispos e paipóstolos são conservos dos fieis e não seus donos, uma vez que não foram eles quem morreram para remissão dos pecados. Fica claro ainda que os pastores, bispos e paipóstolos não podem exercer domínio sobre a vida e finanças do crente.
3. No entanto, o que os pastores, bispos e paipóstolos fazem é dominar, a seu bel prazer, a vida dos fieis, com pretexto de incutir santidade na vida dos crentes, no entanto uma santidade legalista e farisaica que não seja o resultado de uma mudança interior causada pelo Espírito é, diante de Cristo, inválida.
4. Por conseqüência, a pena do pecado perdura até que brote em seu âmago o ódio do pecado e de si mesmo pela prática dos mesmos pecados (isto é a verdadeira penitência interior), ou seja, até a entrada do reino dos céus.
5. Os pastores, bispos e paipóstolos não querem e nem podem dispensar de quaisquer penas senão daquelas que eles próprios impuseram por decisão própria.
6. O pastor, bispo, apóstolo etc... não tem o poder de perdoar culpa a não ser declarando ou confirmando que ela foi perdoada por Deus; ou, certamente, perdoando os casos que lhe são reservados. Se eles deixassem de observar essas limitações, a culpa permaneceria.
7. Deus não perdoa a culpa de qualquer pessoa que, por mais que seja sincera, esteja em qualquer denominação eclesiástica sem que tenha confiado sua vida sem reservas a Jesus.
8. Os bens materiais pertencem apenas aos vivos; segundo a Santa Palavra de Deus, nada poderá ser levado pelos moribundos.
9. Por isso, o Espírito Santo nos beneficia através dos sacerdotes quando estes, em seus ensinos, sempre apontam para a eternidade conforme a Palavra de nosso Senhor.
10. Agem mal e sem conhecimento de causa aqueles sacerdotes que se esquecem que a vida aqui é passageira e que é preciso ajuntar tesouros no céu.
11. Essa cizânia de transformar a fidelidade a Deus em fidelidade à denominação ou ao líder parece ter sido semeada enquanto os crentes certamente dormiam.
12. Antigamente os Apóstolos e País da Igreja, bem como os Reformadores se ativeram em Pregar o genuíno Evangelho, onde o amor de Deus aos homens demonstrado na Cruz de Cristo era o seu âmago.
13. Através de suas mensagens os Pastores, Bispos e Paipóstolos tem ensinado um Evangelho diferente primeiro por oprimir as ovelhas reduzindo-as a servidão a outro senhor que nada mais são do que eles mesmos, e segundo por pregar um Evangelho insuficiente para a vida, pois promete bênçãos e maldições aqui nesta terra e se silencia sobre o porvir.
14. Os ensinamentos dos Pastores, Bispos e Paipóstolos necessariamente trazem consigo grande temor, e tanto mais quanto menor for o amor que aqueles têm por estes últimos.
15. Este temor e horror por si sós já bastam (para não falar de outras coisas) para produzir a subserviência por parte dos fiéis, uma vez que estes estão próximos do horror e do desespero.
16. Inferno e Céu parecem ser usados da mesma forma para produzir, nos incautos, um desespero ainda maior, e a obediência sega ao líder é usada para produzir uma falsa segurança.
17. Parece razoável considerar que - para as almas que ouvem as pregações destes pastores, bispos e paipóstolos que além de dividirem a fidelidade de Cristo ainda pregam um evangelho enriquecedor - o desespero que eles sentem devesse diminuir à medida que as contribuições crescessem.
18. Parece não ter sido provado, nem por meio de argumentos racionais nem da Escritura, que elas se encontrem mais salvas por terem ouvido estes pregadores.
19. Também parece não ter sido provado que as almas estão certas de sua Salvação e da convicção que esta realidade é vil e passageira, ao menos não todas, mesmo que nós, de nossa parte, tenhamos plena certeza disso.
20. Portanto, se existe estas bênçãos, por que os pastores, bispos e paipóstolos não concedem, por amor, simplesmente todas, ao invés de somente aquelas que ele mesmo querem dar.
21. Erram, portanto, os pregadores de prosperidade que afirmam que a pessoa é abençoada pelas vultosas quantias entregues aos pastores, bispos e paipóstolos.
22. Com efeito, ele não dispensam as pobres almas de continuarem trazendo as pesadas contribuições, mesmo que elas já tenham entregado muito de seus recursos.
23. Se é que se pode dar alguma benção financeira a alguém, ela, certamente, só é dada aos mais generosos, isto é, pouquíssimos.
24. Por isso, a maior parte do povo está sendo necessariamente ludibriada por essa magnífica e indistinta promessa de abundantes riquezas nesta vida.
25. O mesmo poder que os pastores, bispos e paipóstolos tem sobre o as bênçãos de modo geral, qualquer fiel tem, desde que esteja em acordo com a Palavra de Deus, em sua vida em particular.
26. Os pastores, bispos e paipóstolos fazem muito bem ao abençoar as almas não pelo poder das chaves (que eles não têm), mas por meio de intercessão.
27. Pregam doutrina mundana os que ensinam que Deus precisa do “tilintar das moedas” lançadas nas salvas, para derramar bênçãos sobre as pobres Almas.
28. Certo é que, ao tilintar a moeda na caixa, pode aumentar o lucro e a cobiça; a intercessão da Igreja, porém, depende apenas da vontade de Deus.
29. E de onde tiraram a idéia de que Jesus realmente almeja encher as almas, de riquezas matérias?
30. Ninguém tem certeza de que seu sacrifício financeiro é suficiente, muito menos de haver, por ele, ter conseguido o favor de Deus.
31. Tão raro como quem é abençoado de fato é quem adquire autenticamente as ofertas para a liberação das supostas bênçãos, ou seja, é raríssimo.
32. Serão condenados pela eternidade, juntamente com seus mestres, aqueles que se julgam seguros de sua salvação pelos ensinos destes falsos profetas sob títulos como: pastores, bispos e paipóstolos.
33. Deve-se ter muita cautela com aqueles que dizem serem as mensagens dos pastores, bispos e paipóstolos aquela inestimável dádiva de Deus através da qual a pessoa é reconciliada com Ele.
34. Pois os ditames destes pastores, bispos e paipóstolos servem somente para satisfazer suas vaidades, e não passam de determinações humanas.
35. Os que ensinam que a contrição e a mudança de atitude conforme os padrões verdadeiramente bíblicos não são necessários para evidenciar a redenção recebida através do Sangue de Cristo, estão pregando doutrinas incompatíveis com o cristão.
36. Qualquer cristão que está verdadeiramente contrito tem remissão plena tanto da pena como da culpa, que são suas dívidas, mesmo sem a benção de um pastor, bispo ou paipóstolo.
37. Qualquer cristão verdadeiro, vivo ou morto, participa de todos os benefícios de Cristo e da Igreja, que são dons de Deus, mesmo sem a benção financeira de qualquer líder eclesiástico.
38. Contudo, o trabalho feito pelos pastores não deve ser desprezado, pois é legitimo, quando feito de acordo com a vontade de Deus expressa em sua Palavra.
39. Até mesmo para os mais doutos teólogos é dificílimo exaltar simultaneamente perante o povo a Salvação pela graça unicamente e a nova doutrina de Salvação pelas Obras, ou melhor dizendo pelas ofertas e pela obediência incondicional aos pastores, bispos e paipóstolos.
40. O coração verdadeiramente Contrito procura e ama a correção da Palavra, ao passo que os seguidores da abundância das ofertas e Sacrifícios financeiros a odeia, ou pelo menos a maioria deles.
41. Deve-se pregar com muita cautela sobre as ofertas e dízimos, para que o povo não as julgue, erroneamente, como preferíveis às demais boas obras do amor.
42. Deve-se ensinar aos cristãos que não é por que os pastores, bispos e paipóstolos pensam, que os sacrifícios financeiros possam, de alguma forma, ser comparados com as obras de misericórdia.
43. Deve-se ensinar aos cristãos que, dando ao pobre ou emprestando ao necessitado, procedem melhor do que dar as ofertas, mesmo que se comprassem o próprio jatinho dos pastores, bispos e paipóstolos.
44. Ocorre que através da obra de amor cresce o amor e a pessoa se torna melhor, ao passo que com as ofertas, dízimos e sacrifícios financeiros – esperando a tão almejada benção financeira – ela não se torna melhor, mas, pelo contrário, se torna pior que o infiel, sobretudo devido à busca desenfreada pelas riquezas.
45. Deve-se ensinar aos cristãos que, quem vê um carente e o negligencia para gastar com os sacrifícios financeiros obtém para si não as bênçãos financeiras dos pastores, bispos e paipóstolos, mas a ira de Deus.
46. Deve-se ensinar aos cristãos que, se não tiverem bens em abundância, devem conservar o que é necessário para sua casa e de forma alguma desperdiçar dinheiro com campanhas de vitória, que visam a “restituição” financeira por parte de Deus.
47. Deve-se ensinar aos cristãos que a entrega das ofertas e sacrifícios financeiros é livre e não constitui obrigação.
48. Deve ensinar-se aos cristãos que, ao exercer sua função, os pastores, bispos e paipóstolos têm mais anseio (assim como tem mais necessidade) de oração devota em seu favor do que do dinheiro que o fiel está pronto a pagar.
49. Deve-se ensinar aos cristãos que as ofertas e dízimos são úteis se não depositam sua confiança nelas, porém, extremamente prejudiciais se perdem ou distorcem a Verdade de Deus por causa delas.
50. Deve-se ensinar aos cristãos que, se os Verdadeiros Apóstolos soubessem das exações dos pregadores de prosperidade dos dias hodiernos, teriam corado de vergonha por ver que os pastores, bispos e paipóstolos vem construindo verdadeiros impérios com a lã, a pele, a carne, as unhas e os ossos de suas ovelhas.
51. Deve-se ensinar aos cristãos que os pastores, bispos e paipóstolos deveriam estar dispostos – como é seu dever – a dar do seu dinheiro, que ardilosamente extorquiram dos fieis, àqueles muitos que sofrem maiores dificuldades financeiras, mesmo que para isto fosse necessário vender suas Catedrais, jatinhos e castelos.
52. Vã é a confiança na salvação e vida repleta de bens por meio das mensagens de prosperidade, mesmo que os mensageiros que, utilizando títulos de pastores, bispos e paipóstolos, dessem suas almas como garantia pelas mesmas.
53. São inimigos de Cristo e do Espírito Santo aqueles que, por causa da pregação de bênçãos financeiras, fazem calar por inteiro a Palavra de Deus nas igrejas.
54. Ofende-se a Palavra de Deus quando, em um mesmo sermão, se dedica tanto ou mais tempo aos anjos, ao dinheiro, as unções, ao experiêncialismo e as pseudo-profecias do que a ela.
55. A atitude dos pastores, bispos e paipóstolos necessariamente são: se as unções financeiras e proféticas (que são irrelevantes) são celebradas com grandes Campanhas, cultos e cerimônias, o Evangelho (que é infinitamente o mais importante) deve ser anunciado com uma centena de Reuniões, Cruzadas e cerimônias, por todos os meios de comunicação possíveis.
56. Os tesouros das denominações, a partir dos quais os pastores, bispos e paipóstolos concedem as bênçãos e unções financeiras, não são suficientemente mencionados nem conhecidos entre o povo de Cristo.
57. É evidente que eles, certamente, não são de natureza temporal, visto que muitos pregadores não os distribuem tão facilmente, mas apenas os ajuntam.
58. Eles tampouco são os méritos de Cristo, pois este sempre opera, sem os Pastores, Bispos e Paipóstolos, a graça do ser humano interior transformando-o a estatura de homem perfeito, aquele que começou boa obra no ser humano há de completá-la até ao dia de Cristo Jesus.
59. S. Lourenço disse que os pobres da Igreja são os tesouros da mesma, empregando, no entanto, a palavra como era usada em sua época.
60. É sem temeridade que dizemos que as chaves da Igreja, que foram proporcionadas pelo mérito de Cristo, constituem estes tesouros.
61. Pois está claro que, para a remissão das penas do pecado, a morte de Cristo por si só é suficiente.
62. O verdadeiro tesouro da Igreja é o santíssimo Evangelho da glória e da graça de Deus.
63. Mas este tesouro é certamente o mais odiado, pois faz com que os primeiros sejam os últimos.
64. Em contrapartida, o tesouro das ofertas, dízimos e sacrifícios é certamente o mais benquisto, pois faz dos últimos os primeiros.
65. Portanto, os tesouros do Evangelho são as redes com que outrora se pescavam homens possuidores de riquezas.
66. Os tesouros das unções financeiras e campanhas, por sua vez, são as redes com que hoje se pesca a riqueza dos homens.
67. As unções financeiras e prosperidades apregoadas pelos seus vendedores como as maiores graças realmente podem ser entendidas como tais, na medida em que dão boa renda.
68. Entretanto, na verdade, elas são as graças mais ínfimas em comparação com a graça de Deus e a piedade da cruz.
69. Os pastores, bispos e paipóstolos têm a obrigação de admitir em sua congregação toda espécie de gente.
70. Têm, porém, a obrigação ainda maior de observar com os dois olhos e atentar com ambos os ouvidos para que essa gente, quando investida de algum título eclesiástico, não pregue os seus próprios sonhos em lugar do que lhes foi incumbidos pelo nosso Senhor Jesus Cristo em sua Palavra.
71. Seja excomungado e amaldiçoado quem falar um Evangelho diferente do Evangelho da Cruz, que não quer enriquecer ninguém, a não ser da Graça, e também aquele que, sob pretexto de fortes orações, se aproprie do fruto do suado salário do fiel.
72. Seja bendito, porém, quem ficar alerta contra a devassidão e licenciosidade das palavras de um pregador de prosperidade.
73. Assim como os pastores, bispos e paipóstolos, com sua razão, fulminam aqueles que, de qualquer forma, procuram defraudar o comércio de unções financeiras.
74. Muito mais deseja fulminar Deus aqueles que, a pretexto das unções financeiras, procuram fraudar a verdade de Deus e a santa caridade do fiel.
75. A opinião de que as unções financeiras e bênçãos dos sacrifícios são tão necessárias que Deus as reservou aos crentes nestes últimos dias é loucura.
76. Afirmamos, pelo contrário, que as bênçãos financeiras que os pastores, bispos e paipóstolos tanto pregão não são sequer uma mensagem válida diante de nosso Senhor.
77. A afirmação de que estas mesmas bênçãos financeiras constituem atualmente o desejo legítimo do Próprio Deus - e que podem ser confirmadas pela sua Palavra uma vez que está intrínsecas a ela - para com o homem é blasfêmia contra Deus.
78. Dizemos contra isto que quaisquer pastores, bispos e paipóstolos, têm maiores graças que essas, a saber, o Evangelho, as Virtudes, a Graça, a Salvação Eterna etc., como está escrito em I Coríntios XII.
79. É blasfêmia erguer as insígnias dos pastores, bispos e paipóstolos, como se fossem a Cruz de Cristo.
80. Terão que prestar contas os pastores, bispos, paipóstolos e pseudo-teólogos que permitem que semelhantes sermões sejam difundidos entre o povo.
81. Essa licenciosa pregação de prosperidade faz com que não seja fácil, nem para os homens mais doutos, defender a dignidade dos pastores, bispos e paipóstolos contra as acusações e questões, sem dúvida arguta, dos leigos.
82. Por exemplo: Por que os pastores, bispos e paipóstolos não liberam estas unções por causa do santíssimo amor e da extrema necessidade das almas – o que seria a mais justa de todas as causas – se abençoam um número infinito de almas por causa do funestíssimo dinheiro para a construção da suas basílicas, compra de aviões, caixas de som, microfones, carros e casas pastorais, que é uma causa tão insignificante?
83. Do mesmo modo: Por que se mantêm as festas, os aniversários dos pastores, bispos, paipóstolos e casamento de seus filhos arrancando dinheiro dos membros, através do constrangimento e promessas de grandes farturas, e não restitui ou permite que se recebam de volta as doações efetuadas em favor deles, visto que já não é justo nem mesmo o salário que tens recebido?
84. Do mesmo modo: Que nova piedade de Deus e dos pastores, bispos e paipóstolos é essa que, por causa do dinheiro, se permite abençoar uma alma piedosa e amiga de Deus, mas não o contempla por causa da necessidade da mesma alma piedosa e dileta por amor gratuito?
85. Do mesmo modo: Por que os métodos vétero-testamentários – que de fato, e por desuso, já há muito revogados pela cruz de Cristo – ainda são praticados por dinheiro, para concessão de unções financeiras, como se ainda estivessem em pleno vigor?
86. Do mesmo modo: Por que os pastores, bispos e paipóstolos cuja fortuna hoje é maior do que a dos ricos mais crassos, não constrói com seu próprio dinheiro ao menos suas Catedrais, hospitais, creches etc. ao invés de fazê-lo com o dinheiro dos pobres fiéis?
87. Do mesmo modo: O que é que os pastores, bispos e paipóstolos abençoam e concedem àqueles que, pelo sacrifício perfeito de Cristo, têm direito à plena remissão e participação?
88. Do mesmo modo: Que benefício maior se poderia proporcionar à Igreja do que se os pastores, bispos e paipóstolos, assim como agora o faz uma vez, da mesma forma concedessem essas unções e bênçãos cem vezes ao dia a qualquer dos fiéis?
89. Já que, com as mensagens proféticas, os pastores, bispos e paipóstolos procuram mais a salvação das almas do que o dinheiro, por que anulam as bênçãos e unções, outrora já por eles concedidas, se são igualmente eficazes?
90. Reprimir esses argumentos muito perspicazes dos leigos somente pela força, sem refutá-los apresentando razões, significa expor a Igreja e os seus líderes à zombaria dos inimigos e fazer os cristãos infelizes.
91. Se, portanto, as bênçãos, as mensagens proféticas da ultima hora, e unções fossem pregadas em conformidade com o Espírito e a Palavra de Deus, todas essas objeções poderiam ser facilmente respondidas e nem mesmo teriam surgido.
92. Portanto, fora com todos esses profetas que dizem ao povo de Cristo "Paz, paz!" sem que haja paz!
93. Que prosperem todos os profetas que dizem ao povo de Cristo "Cruz! Cruz!" Que preguem uma Salvação unicamente pela graça. E a ineficácia das obras e ofertas para receber as bênçãos dos céus. Que ensinem que a nossa vitória não vai chegar esta noite durante a reunião de oração, pois a nossa vitória já chegou e foi conquistada na Cruz.
94. Devem-se exortar os cristãos a que se esforcem por seguir a Cristo, seu cabeça, e não os ditames de líderes espirituais que colocam sobre o crente um jugo tão pesado que eles mesmos não movem uma unha para aliviá-lo.
95. E que confiem entrar no céu antes passando por muitas tribulações do que por meio da vã confiança de paz e prosperidade.

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

É Meu e Ninguém Tasca!



Carlos Moreira

"Vivo cercado de padres e sacerdotes que dizem que seu reino não é deste mundo, no entanto, agarram tudo que podem." Napoleão Bonaparte

Se existe uma palavra que nos ajuda a compreender o tempo em que vivemos esta palavra é “competição”. Uma sociedade voltada para a produção e o consumo tem na competição o seu motor de propulsão.

Tudo compete com todos: os continentes competem uns contra os outros; os países competem uns contra os outros; as empresas e instituições competem umas contra as outras; as pessoas competem entre si. E é óbvio, o objetivo da competição é alcançar a vitória; ninguém, em nosso tempo, está interessado em ser o segundo lugar.

Se há uma frase que pode ser considerada clichê na história recente da sociedade humana é “o importante não é ganhar, mas sim competir”. Para refletir a verdade existencial que encarnamos todos os dias, a frase deveria ser dita da seguinte forma: “o importante não é competir e sim ganhar!”.

Vivemos num mundo feito apenas para os campeões! É mais importante vencer no mundo do que vencer o mundo. Ai daqueles que fracassarem! Ai de quem quebrou profissionalmente, caiu em depressão, foi surpreendido em adultério, ou está algemado há algum tipo de vício. Ai de quem não tem condições de ir regularmente a Europa, ou usar roupas de marca, quem não mora em um suntuoso apartamento, ou não tem mais de um carro importado. Se você se encaixa em alguma destas situações, ai de você!

Mas o trágico mesmo é quando a competição chega a Casa de Deus. Sim, igrejas competindo com igrejas, ministérios lutando entre si, pastores tentando superar seus “oponentes”, membros obcecados por manter “posições” institucionais. Fato é que práticas empresarias tornaram-se não só comuns, mas desejáveis no Corpo de Cristo.

Você duvida? Observe, então, se os fiéis não são tratados como clientes e os sacerdotes como executivos? Na verdade, o “sagrado” sempre foi o melhor de todos os negócios! Nos dias atuais, transformamos a fé em produto commoditizado e as igrejas em “balcões de prestação de serviço” religioso.
Já há muito, Templos deixaram de ser local de adoração e culto e passaram a ser ambiente de entretenimento, uma espécie de cirque du soleil eclesiástico. Quem tiver as melhores idéias, quem prover a melhor infra-estrutura, quem oferecer a melhor “programação”, os melhores “efeitos especiais” e, sobretudo, quem detiver as mais incríveis “atrações”, sai como “vencedor” na “captura” do fiel. Mas lembre-se: ninguém pode relaxar, pois uma coisa é conquistar o “cliente”, outra, todavia, é fidelizá-lo.

Por isso meu “mano”, procure outra pessoa para enganar! Esse que está lendo meu texto eu vi primeiro, já é meu, e ninguém tasca!

Carlos Moreira é culpado por tudo o que escreve. Ele posta no Genizah, e também na Nova Cristandade

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Sou a favor do aborto

LEIA TUDO ANTES DE ME APEDREJAR! (RISOS)

Por Maurício Zágari
Acho muito curioso quando as mulheres que praticam abortos ou os indivíduos que defendem essa prática justificam-se usando o argumento de que “cada mulher é dona de seu próprio corpo” e, por isso, pode fazer o que quiser com ele. Esse é o argumento principal: já que o corpo é meu, tenho total soberania sobre ele. Isso incluiria o direito de aniquilar aquele ser humano que ali está alojado. Bem, existem algumas questões a serem consideradas sobre esse argumento.
Em primeiro lugar, biblicamente ninguém é dono de seu próprio corpo: seu dono é Deus, o autor da vida. Mas nao precisamos nem entrar pela teologia, até porque para um ateu esse argumento não tem nenhum valor, visto que não crê na Bíblia. Então caminhemos por outras veredas, como, por exemplo, o campo jurídico.
O argumento de que cada um é dono de seu próprio corpo mediante a lei é relativo. Quer ver? Quebre a lei. Cometa um crime. Você verá que quem vai decidir se seu corpo ficará trancafiado em uma cela por anos ou se ele terá o direito de continuar andando solto por aí será um juiz ou um júri – não você. Ou então complete 18 anos e veja se, salvo tendo você um bom pistolão, não será obrigado a levar seu corpo todos os dias, durante um ano, a um quartel, onde um militar qualquer vai obrigar seu corpo a fazer polichinelos e flexões, saltar obstáculos e coisas afins. Ou seja: mesmo que não estejamos falando em termos religiosos, a ideia de que seu corpo é propriedade exclusiva sua não passa de uma doce ilusão.
Tendo visto isso, chegamos à questão do aborto. Essa mesma ilusão leva milhares de mulheres a assassinar seus próprios filhos dentro de seus ventres, por achar que têm esse direito. A verdade, queira-se ou não, é que aquele indivíduo que está temporariamente dentro do corpo da mulher não faz parte do corpo dela. Nem de longe. Ou seja: mesmo que a teoria de que cada um seja proprietário de seu corpo fosse verdadeira, o ser humano que cresce dentro do organismo de uma grávida não faz parte do mesmo corpo. Ou seja, é apenas um inquilino, que está ali para se alimentar por nove meses até chegar a hora de enxergar a luz do sol. Por meio de um cordão umbilical, aquela pessoinha apenas se alimenta e se oxigena.
E é extremamente fácil provar que um feto não faz parte do corpo da mãe. Consideremos o DNA. Toda e qualquer célula do seu corpo, amigo leitor, carrega em si o mesmo DNA, ou seja, o mesmo código genético. Sejam células do cabelo, da bochecha, da pele, do duodeno ou do osso do calcanhar. Agora, compare o DNA de qualquer mãe com o DNA de seu filho e você descobrirá que são diferentes. O que prova que geneticamente o corpo da mãe e o corpo do filho são entidades essencialmente distintas.
Vamos além: tipo sanguíneo. O meu é A negativo. O de minha mãe não. Se o sangue de minha mãe correr dentro de minhas veias eu entro em colapso e morro. E isso ocorre porque o sangue que percorre meu corpo é diferente do de minha mãe, o que é mais uma prova de que somos entidades distintas.
Pensemos agora em um assunto não muito agradável, mas ilustrativo: amputações. Sempre que você amputa uma parte de seu corpo, alguma funcionalidade se perde. Se decepar a mão direita, sendo você destro, por exemplo, terá de reaprender a escrever. Se amputar uma de suas pernas dependerá de algum prótese ou muleta para poder caminhar. Já no caso do aborto, o corpo da mãe-hospedeira não perde nenhuma funcionalidade. Isto é, em termos meramente funcionais, a remoção da criança não altera em nada o funcionamento do organismo da mãe. Mais uma prova de que trata-se de um ser humano completamente independente.
Em resumo: abortar sob o argumento de que a mãe tem direito sobre seu próprio corpo é uma tremenda desculpa esfarrapada para desculpar o indesculpável. É uma justificativa capenga e sem o menor nexo religioso, jurídico ou biológico para justificar o injustificável. Por uma única razão: aquele corpinho que cresce lindamente dentro do corpo da mãe não faz parte do corpo dela, apenas extrai dela o que precisa até se tornar uma criatura autônoma. É um ser humano absolutamente à parte. Logo, a mãe não tem direito algum de assassiná-lo sob o argumento de que tem direito sobre seu próprio corpo.

Mas sou a favor do aborto
Porém, como eu disse no título deste artigo, sou a favor do aborto. Sou 100% a favor. Tornei-me a favor do aborto em 1996, quando Jesus me converteu. Mas, antes que você queira me apedrejar, preciso explicar que não estou me referindo ao abominável, desumano e bárbaro aborto de seres humanos. Me refiro a um aborto que tem de ser feito todos os dias, dia após dia, durante toda a vida. Pois dentro de meu corpo cresce uma entidade que não pertence a ele, um parasita que não compartilha do meu DNA, que não tem o mesmo sangue que eu mas que se alimenta de minhas fraquezas e paixões, crescendo mais e mais dentro de mim. E, se eu não fizer um aborto todos os dias, constantemente, extirpando de mim esse elemento maligno initerruptamente, ele vai acabar sugando de mim toda a vida e me condenando à morte.
Seu nome é pecado.
A entidade que cresce dentro de uma mulher é resultado de uma união, a união de dois seres que estabeleceram um relacionamento e isso gerou aquela vida. Já a entidade que cresce dentro de mim é resultado de uma separação, a separação de dois seres que tiveram uma quebra de relacionamento e isso gerou aquele parasita. Foi quando Adão rompeu seu cordão umbilical com Deus que isso fez com que todos os seus descendentes passassem a nascer com aquele tumor espiritual dentro de si. Um tumor maligno que envenena, distorce nossa natureza e nos tira a saúde espiritual que inicialmente o Senhor planejou para toda a humanidade.
O pecado, assim como um feto, começa pequeno, às vezes imperceptível, e, quanto mais de nossa natureza humana lhe concedemos, mais ele cresce, fortalecendo-se e agigantando-se. Contrariando minha natureza de filho de Deus. Tentando deformar-me e me transformar em algo de um aspecto quasimódico.
No caso do feto, é a mãe que lhe transmite todo tipo de elementos necessários ao seu desenvolvimento: nutrientes, oxigênio e tudo o mais que o fará crescer e viver. Já no caso do pecado, tudo de que ele precisa para crescer e sobreviver é que não o abortemos. Basta deixa-lo ali, tranquilo em seu canto, quietinho, pois o mero contato dele com nossa natureza humana já lhe dá todo alimento de que necessita. Só que, ao contrário da relação entre uma mãe e seu filho, em que ela é quem lhe transfere elementos, é o pecado quem transmite ao seu hospedeiro todo tipo de elementos nocivos: imoralidade sexual, fornicação, impureza, lascívia, idolatria, feitiçaria, inimizades, porfias, emulações, iras, pelejas, dissensões, heresias, invejas, homicídios, bebedices, glutonarias e coisas semelhantes a essas.
Se o feto que vive dentro de uma mulher não for abortado, crescerá tanto que um dia, após nove meses, deixará seu corpo. Mas, no caso do pecado, se ele não for abortado crescerá tanto que um dia poderá chegar ao ponto de se enraizar no seu organismo a tal ponto que tomará conta de sua vida. E, assim, assumirá o controle. Os braços do pecado crescerão por dentro dos seus, as pernas dele se desenvolverão por dentro das suas, o coração do pecado tomará lugar do seu e você começará a pensar com o cérebro do pecado. Como num filme de terror em que um parasita alienígena implantado no corpo de uma pessoa assume aos poucos sua identidade, assim é com o pecado: se não o abortarmos o quanto antes, em breve nossa natureza regenerada e justificada será substituída pela natureza pecaminosa. É o que 1 Tm 4.2 chama de consciência cauterizada.
Essa é a explicação para quando um obreiro frauda o imposto de renda ou a contabilidade de sua empresa. Ou quando um pastor abandona sua esposa. Ou quando uma mulher de Deus se rebela contra a autoridade de seu marido. Ou quando cristãos sinceros enveredam pela política partidária e se deixam corromper. Ou quando um conselho de uma igreja trabalha com caixa dois. Ou quando liderados conspiram contra seus líderes. Ou quando líderes enxergam os membros de sua igreja mais como dizimistas do que como almas. Ou quando um cristão não honra com sua palavra ou seus compromissos. Ou quando um pastor rouba. Ou quando um homem espiritual passa um cheque sem fundos. Ou quando um filho criado na igreja se rebela contra seus pais. Ou quando denominações evangélicas desqualificam outras denominações. Ou quando nosso sim deixa de ser sim e nosso não, não. Em qualquer um desses casos e muitos outros simplesmente aquele pecado maldito não foi abortado enquanto ainda era tempo.

A boa notícia
Mas há uma boa notícia: nunca é tarde para praticar esse aborto. Se você identifica que esse tumor maligno chamado pecado infiltrou-se de tal modo no organismo da sua alma a ponto de te afastar de Deus, há um local onde esse aborto pode ser praticado de forma legalizada e livre de efeitos colaterais.
Chama-se joelho.
Prostre-se. Humilhe-se. Suplique. Rasgue seu peito ante o Senhor e confesse a Ele tudo o que intoxica sua alma. E isso numa conversa franca e sem medos. Busque junto ao Espírito Santo a libertação desse pecado que tanto te envenena. Nunca é tarde demais para isso. Seja lá qual for o pecado que assola a sua vida, você pode neste exato instante submeter-se a uma cirurgia espiritual que vai eliminar totalmente esse parasita infeccioso. E estou falando isso para cristãos, pois muitos de nós que amamos de verdade a Cristo e ao Evangelho diversas vezes deixamos certos pecados crescerem em nós, alimentados por nossas fraquezas e paixões. E para expeli-los precisamos desesperadamente de Jesus.
Sou a favor do aborto do pecado. Foi para realizar esse aborto que Jesus se fez carne e veio até nós, para fazer aquilo que o anjo disse a José em Mateus 1.21: “Ele salvará o seu povo dos seus pecados”. Afinal, como o próprio Cristo afirmou, “Não necessitam de médico os sãos, mas sim os enfermos; eu não vim chamar justos, mas pecadores” (Mc 2.17). Ainda há tempo de buscar socorro junto ao médico dos médicos. Para aqueles que assim não fizerem, o próprio Cordeiro de Deus, que veio para tirar o pecado do mundo, dá, em Jo 8.21, o terrível diagnóstico: “Morrereis no vosso pecado”. Você, querido leitor, sabe exatamente qual é o pecado que tem infeccionado a sua alma. Mas a boa notícia é que a cura está à disposição. Cabe a você optar: morrer no pecado ou vê-lo abortado de sua alma. O que vai ser?
Paz a todos vocês que estão em Cristo!
Fonte: Apenas


EU PEGUEI EM:
http://ministeriobbereia.blogspot.com/2011/10/sou-favor-do-aborto.html


ENQUANTO ISSO NA CHINA



AUTORIA: MISSÃO PORTAS ABERTAS

domingo, 23 de outubro de 2011

Terra Nova decreta contra Cristo



 Wilson Porte Jr.
Você já ouviu falar em Renê Terra Nova? Ele é um homem que tem tentado mudar a Palavra de Deus. Isso mesmo! Ele tem chegado ao ponto de peitar o próprio Cristo, dizendo que o que está em Is 61.1-3 (clique para ler) não diz respeito a Cristo, mas sim aos seus próprios decretos. Ousadinho, não? 
  
Ele é pastor da Primeira Igreja Batista da Restauração em Manaus. Ops, já ia me esquecendo, ele não é mais pastor. De pastor tornou-se bispo, de bispo tornou-se apóstolo, de apóstolo tornou-se paipóstolo (uma espécie de pai apostólico - tipo o papa católico), e, agora, é declarado patriarca, isso mesmo, Patriarca (isso sim, um Papa - só que gospel)!
Esse senhor, do alto de seu patriarcado, recentemente liberou 12 decretos sobre o povo de Deus (Veja o vídeo abaixo quando esse absurdo ocorreu)! Ao liberar seus 12 decretos, Terra Nova diz que “em cada mês do ano, Deus irá destilar um milagre em sua vida”.
  
Terra Nova diz que o "ano aceitável do Senhor" será 2011. 
  
Para quem não se lembra, esse termo "ano aceitável do Senhor" está presente em Lc 4.14-19 e Is 61.1-3. Jesus Cristo disse que essas palavras têm relação com Ele, com a Sua vinda, vida e ministério entre os homens. Que Ele, Jesus Cristo, cumpriria tudo o que foi profetizado em Is 61.1-3
  
Não sei se por ignorância ou por pura manipulação, Terra Nova diz que não. Antes, diz que 2011 será o ano aceitável do Senhor. E que, em 2011, Deus dará o melhor dessa terra para aqueles que receberem seus decretos proféticos! Em suas próprias palavras, Terra Nova diz que “basta liberar um grito de libertação”, para que o crente receba sua bênção.
  
Sinceramente, não sei quem é pior: se ele que diz tanta asneira, ou se as pessoas que enchem seu auditório, eufóricas diante de sua gritaria, desejando todo tipo de bênção de Deus, menos o verdadeiro Deus das bênçãos. Eis os 12 decretos de Terra Nova:

1. Todos seus parentes, e aqueles em sua geografia (exatamente isso!), serão salvos;
2. Todos serão libertos;
3. Deus irá fazer vingança contra todos os nossos inimigos;
4. Você liberará consolo, você será o consolador;
5. Remover lutos - você ressuscitará pessoas;
6. Receber coroa de glória, Deus lhe dará honra dupla;
7. Ser ungido com óleo de alegria, virá uma unção sobrenatural sobre você (Hb 1.8-9);
8. Todos serão curados;
9. Você pregará a todos;
10. Será a maior colheita de todos os tempos;
11. Será possuído com o espírito de alegria;
12. Deus lhe chamará de carvalho de justiça - nada lhe destruirá.
 
 


Ao final de cada decreto, Terra Nova conclama aqueles que quiserem “receber” a bênção dos decretos dizendo "se você recebe, então libere um grito de libertação".  
 Se o que Terra Nova diz é verdadeiro, então Jesus Cristo é mentiroso. Pense só um pouquinho, só um pouquinho mesmo, e você perceberá. Quando Terra Nova diz que os textos bíblicos dizem respeito ao seus decretos proféticos, automaticamente, o que Cristo disse sobre os mesmos textos dizerem respeito só a Ele, trata-se de uma mentira. Ou você acredita em Terra Nova ou em Jesus Cristo, em quem você vai acreditar?
Gente, o que vemos aqui é o mais alto nível de arrogância no qual um cristão pode chegar: mudar a Palavra de Deus, principalmente, no que se refere ao que ela diz sobre Cristo. 
Terra Nova, com seus 12 decretos, mudou a Palavra de Deus. Como falso-apóstolo, chega ao absurdo de dizer que o ano aceitável do Senhor, bem como tudo o que ele se relaciona com Cristo, na verdade tem relação apenas com 2011 e com a vida dos crentes debaixo de sua cobertura espiritual (que é outro absurdo). Eu, sinceramente, estou chocado com o que acabei de ouvir de Terra Nova. Este homem está fora de si. Renê Terra Nova é um dos maiores falsos-profetas de nossa nação. Um dos homens mais arrogantes que já ouvi. Alguém que tem ousado peitar o próprio Cristo e mudar as palavras de Sua boca. 

Que Deus tenha misericórdia de tantos cegos que estão sendo guiados por este louco. Quanto desserviço ao Reino de Deus. Que Deus envie um genuíno avivamento sobre Seu povo a fim de acabar com tanta palhaçada que falsos líderes cristãos têm cometido em nome de Deus. Oremos por isso.
Publicado em Wilson Porte


Leia Mais em: http://www.genizahvirtual.com/2011/04/terra-nova-decreta-contra-cristo.html#ixzz1bcdPdhIc

sábado, 22 de outubro de 2011

"O Rodrigo é Muito Radical"



por Rodrigo Toledo

Ultimamente, esse é o comentário que mais tenho ouvido falar a meu respeito. “O Rodrigo é muito radical”. E isso se dá às duras críticas que, tanto em meu blog como em minhas pregações, venho fazendo quanto às práticas bizarras e doutrinas estranhas que têm contaminado a igreja brasileira. 

É sempre assim: o crítico é rotulado e hiper-crítico, bitolado, caxias, radical, desunido, espírito-contrário, etc... 

Sinceramente, não me importo em ser apelidado de bitolado e de caxias, e blá blá blá. O que realmente me incomoda é o rótulo de radical, e eu explico o porquê. 

Há pelo menos três anos venho trabalhando mente e coração para a neo-reforma subversiva que se dará em breve, influenciando centenas de milhares de jovens (os pastores de amanhã) a se voltarem para o evangelho puro e simples, diante do qual toda visão contrária, todofolclore-gospel e toda a forma de estatuto herético tem que cair por terra. E não são poucos os que reconhecem a urgente necessidade de uma reforma doutrinária e teológica em nossas denominações.  

A maioria dos ditos “evangélicos” povoa as mais diversas denominações em busca de algo como reconhecimento, auto-ajuda gospel, realizações profissionais e financeiras, entre outras coisas. Não querem servir a Deus; querem ser servidas por Ele. Dentre eles, estão os que pretendem chegar a uma posição de liderança e, portanto, não querem se indispor com o pastor para não perder o cargo ou a oportunidade no culto. 

Geralmente, são esses covardes que mais apoiam o erro e o desvio dentro das denominações, pois quando chegarem à liderança irão querer ser obedecidos também! São esses aduladores que me rotulam de radical. 

Tenho uma má notícia para esses – estão cometendo um grave erro. Não sou digno de ser chamado radical. É um superlativo que deve ser aplicado a pessoas diferentes de mim. 

Radical foi o apóstolo Paulo, doutrinador da igreja, que enfrentou de forma digna e fervorosa os líderes legalistas de sua época, levando a Palavra de Deus para lugares diferentes, como Grécia e Roma. 

Radical foi Pedro que, mesmo sabendo que poderia ser morto, pregou ferozmente o evangelho de Cristo, inclusive dizendo duras verdades para seus compatriotas (At 5.30). 

Radical foi Tomé que, mesmo injustamente sendo conhecido como “o apóstolo incrédulo” (todos os apóstolos inicialmente foram incrédulos em relação à ressurreição de Jesus), abrindo mão de sonhos, planos e uma vida melhor, foi anunciando o evangelho puro e simples até chegar aos confins da Índia, onde foi linchado até a morte por causa da mensagem pregada. 

Radical foi Policarpo, ordenado bispo de Esmirna pelo próprio apóstolo João, preferiu ser queimado vivo a negar sua fé em Cristo Jesus como Senhor e Deus. Sua queima foi lenta e dolorosa, a vida insistia em permanecer no corpo do velho pregador. Seus algozes o executaram com flechas, pois o fogo estava demorando muito a matá-lo. 

Radical foi Atanásio que, mesmo sendo cruelmente exilado várias vezes por defender a doutrina da Trindade, manteve-se firme na concepção bíblica de um Deus e três Pessoas. 

Radical foi William Tyndale que, contrariando o próprio Rei da Inglaterra, traduziu o texto bíblico para o inglês. Seu objetivo era que “todo o menino de arado pudesse lê-lo”. Por causa de sua ousadia, não escapou da fogueira. 

Radical foi Jerônimo de Savonarolla que, do púlpito denunciava os abusos e pecados do Papa. 

Radical foi Lutero, pregando suas 95 teses na porta do castelo de Wittenberg, além de traduzir a bíblia para o idioma alemão, o que foi considerado uma verdadeira afronta às autoridades constituídas de sua época. 

Radical foi Calvino, pregando doutrinas exclusivamente protestantes dentro de capelas católicas, como em Genebra, por exemplo. 

Radicais foram Ulric Zwinglio, Farrel, John Knox, e tantos outros. Este último, tomado do sentimento de urgência em reformar o cristianismo em seu país, orou da seguinte forma: “Senhor, dai-me a Escócia, ou tira a minha vida.” 

Radical foi o incomparável João Huss, que também foi para a fogueira por pregar a verdade e contestar doutrinas estranhas defendidas pelas autoridades eclesiásticas. 

Poderia continuar com uma lista interminável de homens e mulheres que verdadeiramente merecem ser rotulados de radicais. Definitivamente, não estou nessa lista. Não sou tão corajoso como Paulo e Corrie Ten Boom. Não tenho a audácia de João Huss e John Wesley. Meu compromisso com missões é diminuto quando comparado ao dos Morávios. Não prego com tanta intrepidez quanto Jonathan Edwards, e apesar de já ter alcançado 33 anos, não tive as  experiências impactantes com evangelismo como Dwight Moody. 

Por favor, não mais me chamem de radical. Colocar tal estigma em mim é cometer injustiça com Jim Eliott, Charles Spurgeon, Paul Washer, John Piper, Theodore de Beze, David Brainerd, George Whitefield, Leonard Ravenhill, David Wilkerson, e tantos outros que foram chamados para viver o radicalismo no Senhor. 

Não posso terminar esse desabafo sem falar Nele, o Radical por Excelência, que dividiu a história ao meio. Seu radicalismo alcançou e transformou vidas ao longo desses dois milênios. Abandonou uma condição gloriosa e se enclausurou em um útero humano, para dar o que não merecemos. Debateu com as mais brilhantes mentes do judaísmo do primeiro século, sempre vencendo. Sua dignidade e seu compromisso com os menos favorecidos radicalizou o conceito de misericórdia. Os vendilhões do templo, ao sabor e som de um azorrague, experimentaram Seu afiado radicalismo. Precisa dizer quem é? 

À Ele, o Radical dos radicais, seja a honra, e a glória, e o louvor para todo o sempre. Amém! 

Aos vendilhões, o azorrague!

ARTIGO PUBLICADO ORIGINALMENTE EM:

domingo, 2 de outubro de 2011

Pastores mirins veem trabalho missionário como vocação

Pais dizem que filhos são “pequenos milagres” e trabalho não atrapalha. Para psicólogos, exposição precoce pode ser prejudicial
Foto: Arquivo pessoal
Matheus, 13 anos, prega para centenas de fiéis: "tenho uma vida normal, como de qualquer criança"


De terno, gravata e olhar sério. É assim que Matheus Moraes, 13 anos, divide as atividades escolares, brincadeiras, aulas de música e partidas de futebol com algo que considera muito mais importante. Ele é um dos precoces pastores mirins que estão tomando os púlpitos de igrejas evangélicas, crianças que se destacam pela desenvoltura da fala, surpreendem com a capacidade de raciocínio rápido e boa memória, e se tornam quase que imediatamente responsáveis pela conversão de centenas de fiéis.
Como Matheus, a estudante Ana Carolina Dias, hoje com 17 anos, foi uma das primeiras crianças a se tornar pregadora no Brasil. Iniciou sua carreira aos quatro. Aos sete, um vídeo em que aparece pregando foi publicado no Youtube, virou funk e bateu recorde de audiência. A postagem original foi vista quase 2 milhões de vezes. A “Menina Pastora”, como ficou conhecida, permanece na igreja até hoje. Além de pregar quase diariamente para centenas de fiéis, participa de congressos e eventos em todo o País. Paralelamente, estuda Física na Universidade Rural do Rio de Janeiro.

Os dois, filhos de pais evangélicos, são considerados pedras preciosas para as igrejas. Colocados à frente das pregações, sensibilizam centenas de fiéis e mantêm uma agenda lotada. Matheus, por exemplo, já gravou 30 DVDs com louvores e cantos, à venda em seu site. Acumula as funções de pastor, cantor e estudante. Viagens são rotina em sua vida. 

Da mesma forma, Ana Carolina conheceu a Europa para pregar e atualmente coordena a vida particular com inúmeras funções na igreja. Mas o que desperta orgulho na família e faz sucesso nos púlpitos das igrejas também causa apreensões, especialmente de psicólogos. Afinal, a responsabilidade de mobilizar multidões frequentemente pode pesar, embora na maioria das vezes o talento destas crianças seja encarado meramente como uma vocação, e não obrigação. 
Foto: Arquivo pessoal
Ana Carolina pregando em foto recente...
Foto: Arquivo pessoal
... e na época em que virou celebridade na internet
Filho de peixe

Francinete Moraes fez cirurgia para não engravidar após dar à luz seu terceiro filho. Mesmo assim, depois de 13 anos, teve Matheus. Ainda bebê, o menino ficou em coma em função de problemas respiratórios e, durante o período, a família se debruçou em súplicas e orações. Para eles, sua sobrevivência foi um milagre e seu pai, Juanez Moraes, frequentador da Assembleia de Deus, virou pastor. Três anos depois, era Matheus que, ainda sem saber falar todas as palavras, pregou na igreja pela primeira vez. “Lembro perfeitamente: foi na cidade de Estrela Dalva, no interior de Minas Gerais, eu nem sabia falar direito”, conta o menino. Aos seis anos, já era reconhecido como um pequeno missionário.
A história de Carolina é semelhante. Quando tinha apenas três anos, teve uma inflamação que afetou seu intestino e garganta. Ficou internada durante dez dias e, segundo o pai, o pastor Ezequiel Dias, foi desenganada pelos médicos. “Ela faleceu em meus braços, até que orei a Deus e a Carolina voltou à vida. E voltou servindo a esse Deus”, diz ele, que fala pela filha e cuida de todos os seus interesses. “Mesmo falando errado, pois era criança, pregava a Palavra”. Desde então, Carolina nunca mais deixou de pregar. Ezequiel garante não ter havido pressão familiar e afirma que a menina jamais teve problemas para conciliar suas funções na igreja com os estudos.
Matheus também afirma que nunca foi pressionado para seguir a vida religiosa. “Nunca deixei e nem deixo de fazer nada por conta do Evangelho. Eu tenho uma vida normal, como toda criança: jogo bola, vou à escola [ele está no sexto ano do Ensino Fundamental, na escola particular Santa Mônica, no Rio de Janeiro], convivo com amigos”, ressalta o garoto. “Faço tudo o que as demais crianças fazem, mas com responsabilidade, pois tenho um compromisso com Deus”.
Sinto que sou discriminado por pregar a Palavra, pelo fato de correr atrás da Bíblia. Eles [os meninos] não gostam, encarnam em mim. Não sou um garoto admirado.
O fato de pregar hoje para multidões não parece incomodá-lo: “Eu sabia qual era a minha missão. Deus tinha uma promessa para mim. Tive certeza da minha vocação aos cinco anos, quando estava louvando em uma igreja do Méier e Deus falava comigo sobre a cura”. Matheus admite suas atividades religiosas são motivo de preconceito: “Hoje, 70% dos meninos querem ser jogadores de futebol e sinto que sou discriminado por pregar a Palavra, pelo fato de correr atrás da Bíblia. Eles não gostam, encarnam em mim. Não sou um garoto admirado”.

Foto: Arquivo pessoalAmpliar
Matheus no púlpito: "nunca fui pressionado"
Vocação versus obrigação
Ana Carolina e Matheus entendem que foram escolhidos. Para eles, a função exercida é, sobretudo, uma vocação. Mas nem todos concordam. Pastora há cinco anos de uma das igrejas da Assembleia de Deus, a teóloga Maria Vita Umbelino diz ver “quase diariamente” crianças sendo levadas pelos pais até a igreja para se transformarem em pequenos pastores. “No meu Ministério eu não tenho criança pregando, sou contra”, diz ela. “Esse período é de aproveitar as brincadeiras típicas da idade e esperar pelo amadurecimento”. Segundo Maria Vita, a escola bíblica oferecida pela igreja já é “mais do que suficiente para o primeiro contato dos jovens”.
A pastora acredita que a iniciação precoce na pregação resulta no desinteresse futuro de seguir o caminho da fé. A psicóloga especializada em terapia familiar Aldvan Figueiredo concorda, explicando que o contato das crianças com a espiritualidade é comum e geralmente despertado entre os cinco e sete anos de idade. “Os pais não precisam se preocupar, desde que o interesse ocorra naturalmente”, explica. “Após esse período, as crianças tendem a se desligar desses assuntos”. O perigo, segundo ela, está em obrigá-la a ingressar em rotinas religiosas cedo demais. “A atitude pode causar danos emocionais e afastar de vez essas crianças da religião, tornando-se um trauma na vida adulta”. 

Rita Kather é professora de psicologia da PUC-Campinas e tem uma opinião mais radical. Ela acredita que o reforço precoce de uma escolha, seja ela religiosa ou artística, dificulta o desenvolvimento e o interesse da criança por outras áreas. “Uma vez que esse criança começa a desempenhar bem o papel, raramente sua vida tomará outro rumo”, diz. “As crianças não devem ser incentivadas a tomar decisões logo nos primeiros anos de vida”. 

Rita ainda considera perigosa a exposição das crianças. “Nesta idade, nem as habilidades ainda foram totalmente desenvolvidas”, pondera. “A religiosidade é importante, mas esse contato da criança com o mundo religioso precisa ser suave. É nobre cultivar a religião para um mundo de paz, mas isso deve ser natural”. Para a professora, raramente a criança irá expressar nitidamente sua insatisfação em cumprir um papel que agrada aos pais. 

Creio que milagres não se explicam, não se justificam, e a minha filha é um milagre de Deus.
Ezequiel insiste que a vida da filha sempre foi saudável. “Ela teve uma infância tranquila, brincou, viajou o mundo. Conheceu lugares como a Europa, esquiou, fez coisas que eu não teria condições financeiras de bancar. E tudo isso por meio da pregação da Palavra”, compara. Hoje, Ana Carolina é líder da Mocidade, o grupo dedicado a jovens dentro de sua igreja, e auxilia o pai nos cultos. “É uma sensação indescritível ser pai de uma missionária. Creio que milagres não se explicam, não se justificam, e a minha filha é um milagre de Deus”, diz ele.
 


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